No mundo complexo do comércio internacional, é fácil se perder em um mar de siglas e abreviações. Importadores e exportadores frequentemente se deparam com uma infinidade de termos enigmáticos, o que pode tornar a navegação nesse universo desafiadora. Este post blog tem como objetivo jogar luz sobre esse tema, explicando por que tantas siglas são usadas no comércio exterior e fornecendo uma lista das mais comuns que você precisa conhecer.

Por que tantas siglas no comércio exterior?

As siglas são amplamente usadas no comércio internacional por várias razões:

Eficiência Comunicativa: Em um ambiente onde tempo é dinheiro, siglas agilizam a comunicação e economizam tempo. Elas são frequentemente utilizadas em documentos oficiais, contratos, e-mails e até mesmo em conversas informais entre profissionais do comércio exterior.

Padronização Global: Muitas siglas são reconhecidas internacionalmente, o que facilita a comunicação entre partes de diferentes países. Elas servem como um idioma comum que transcende barreiras linguísticas.

Economia de Espaço: Em documentos, formulários e etiquetas de remessa, o espaço é valioso. O uso de siglas economiza espaço e torna as informações mais concisas.

Confira abaixo as principais siglas utilizadas no segmento, em ordem alfabética:

AD Valorem – ou frete valor, é uma taxa cobrada dentro da tabela de fretes que representa o custo do seguro da carga.

B/L - Conhecimento de Embarque (Bill of Lading), um documento que prova a posse das mercadorias durante o transporte.

CTD – Combined Transport Document ou Documento de Transporte Combinado.

DANFE – Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica.

DACTE – Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico.

DDR – Dispensa de Direito de Regresso – Quando um cliente contrata serviços de transporte e tem seu próprio seguro contra sinistros com a carga, é necessário que obtenha, em sua Seguradora, o documento de Dispensa de Direito de Regresso (DDR).

EDI – Electronic Data Interchange ou Intercâmbio Eletrônico de Dados.

ERP – Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos do Negócio.

ETC – Empresa de transporte Rodoviário de Cargas.

FIFO – First-In, First-Out ou Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai (PEPS), utilizado em armazenagens e reposição de materiais em estoque, determinam a ordem de movimentação dos materiais, como forma de garantir a validade dos itens.

Frete CIF (Cost, Insurance and Freight – Custo, Seguro e Frete) – Indica que as despesas ou serviços de transporte serão pagos pelo remetente da carga.

Frete FOB (Free on Board – Livre a Bordo) – Indica que as despesas ou serviços de transporte serão pagos pelo destinatário da carga.

Frete FTL (Full Truck Load) – Para empresa que possuem grandes volumes de cargas e necessitam de maior rapidez na entrega ou recebimento de suas remessas, é usual o transporte na modalidade FRETE LOTAÇÃO, que consiste na contratação de uma carreta exclusiva para o transporte de materiais de um único cliente. Toda a capacidade do equipamento, aproximadamente 105 M3, ficam disponíveis somente para o contratante, sem compartilhamento de espaço com outros embarcadores de frete.

FIRST MILE – ou a primeira milha, é a primeira etapa de transporte de cargas, é a transferência da mercadoria da Indústria até os Centros de Distribuição.

GRIS – Taxa cobrada nos contratos de Transportes e CT-es, usada para custear despesas com a Gerenciadora de Risco, conforme prévia negociação do serviço. Essa taxa é diferenciada da taxa de Ad Valorem, por referir-se exclusivamente ao serviço de Gerenciamento de Risco.

GPS – Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global.

INCOTERMS - Os termos internacionais de comércio definem responsabilidades e custos entre comprador e vendedor. Siglas como FOB (Free On Board), CIF (Cost, Insurance, and Freight) e EXW (Ex Works) são fundamentais na determinação de quem é responsável por quê.

KLT – Klein Lagerung und Transport ou Acondicionamento e Transporte de Pequenos Componentes.

KPI - Key Performance Indicator ou Indicador-Chave de Desempenho, indicadores ou valores quantitativos que podem ser medidos, comparados e acompanhados, de forma a expor o desempenho dos processos.

LAST MILE – ou último trecho – é a etapa final da entrega da mercadoria, é o trecho de entrega ao cliente destinatário, comumente utilizado nas relações B2C (de empresas para pessoas físicas)

L/C - Carta de Crédito (Letter of Credit), um instrumento de pagamento amplamente utilizado em transações internacionais.

LMG – Limite máximo de garantia

LTL – Less than Truck Load) – Frete Fracionado: para operações com menor volume de material, as transportadoras consolidam cargas de vários clientes em um equipamento, maximizando a ocupação do veículo. Nesta condição, utiliza-se o frete fracionado.

MIDDLE MILLE – Trecho intermediário – é a etapa de transporte intermediária, normalmente utilizada em transferência de mercadorias de portos ou aeroportos para os Centros de Distribuição.

MDF-e – Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais, este tipo de documentação pode ser utilizado por empresas que possuem carro próprio e irá transportar sua própria carga, não podendo ser utilizado para cargas de terceiros.

PCM – Planejamento e Controle de Materiais.

PCP – Planejamento e Controle da Produção.

PGR – Plano de Gerenciamento de Risco

RCF-DC – Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa do Transportador Rodoviário por Desaparecimento de Carga.

RCTR-C – Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga.

REDEX – Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação.

RFDC – Radiofrequency Data Collection ou Coleta de Dados por Radiofrequência.

RFID – Radiofrequency Identification Data ou Identificação por Radiofreqüência.

SAC ou Customer Service – Serviço de Atendimento ao Consumidor ou Cliente.

SIL – Sistema de Informações Logísticas

SKU – Stock Keeping Unit ou Unidade de Manutenção de Estoque, condiz com o item do estoque, diferencia o tipo, tamanho e caraterística de uma linha de produto, com numeração que distingue estas caraterísticas.

SLA – Service Level Agreement ou Acordo sobre o Nível de Serviço.

SLM – Strategic Logistics Management ou Gestão Logística Estratégica.

SMS – Short Mensaging System

STV – Veículo de Transferência Ordenado.

TAC – Transporte Autônomo de Cargas

TDA – Taxa de Dificuldade de Acesso – quando o transportador tem que circular por estradas de terra, vielas, subidas íngremes ou em local que não é possível fazer a descarga na proximidade do local de entrega.

TDE – Taxa de dificuldade de entrega – Quando o transportador tem dificuldade na entrega da mercadoria junto ao cliente destinatário, esta taxa está determinada na tabela contratada, e tem referência a um tempo de permanência na espera.

TEU – Twenty Foot Equivalent Unit. Tamanho padrão de contêiner intermodal de 20 pés.

TKU – Toneladas por quilômetro útil.

TMS – Transportation Management Systems ou Sistemas de Gerenciamento de Transporte.

TRT – Taxa de Restrição de Trânsito – Em grandes metrópoles brasileiras temos legislações sobre áreas restritas à circulação de transporte de cargas.

UEPS – é a nomenclatura para o método de armazenagem, em que o produto que é o Último a Entrar no estoque é o Primeiro a Sair, é contrário ao (PEPS), este método é utilizado priorizando uma tratativa de custos de produção, mede o estoque pela composição de custos.

XML – Extensible Markup Language, é a versão digital da nota fiscal que corresponde ao padrão nacional de escrituração fiscal.

WCS – Warehouse Control Systems ou Sistemas de Controle de Armazém.

WMS – Warehouse Management Systems ou Sistemas de Gerenciamento de Armazém.

Compreender o significado por trás dessas abreviações é fundamental para o sucesso no mundo globalizado do comércio internacional. Portanto, esteja preparado para desvendar o alfabeto do comércio exterior e simplificar suas operações globais.