Entenda o impacto do reajuste da Petrobras para o transporte rodoviário no Brasil
10 de março de 2022

A Petrobras anunciou em 10/03/2022 que realizará um reajuste nos preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras. A decisão foi tomada considerando o cenário global atual, após a redução na oferta global do produto causada pela guerra entre Ucrânia e Rússia, com o objetivo de continuar atendendo a demanda do mercado brasileiro de forma que os agentes importadores consigam trazer produtos para o Brasil, complementando os suprimentos de combustíveis.

A partir de 11/03/2022, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,54 por litro.

Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro.

Apesar dos valores citados acima serem divulgados de forma oficial pela Petrobras, este não é o preço repassado ao consumidor final, visto que demais impostos são incididos para o produto, variando de acordo com o estabelecido por cada estado brasileiro. Segundo pesquisa da ANP, em Santa Catarina o preço médio do diesel teve um aumento de 44,56%, onde em fevereiro de 2021 custava R$ 3,79 e em fevereiro de 2022 se encontra em R$ 5,47.

A decisão impacta diretamente as transportadoras de cargas, que desde o ano passado sofrem com os sequenciais reajustes da Petrobras e se encontram incapazes de absorver os custos. A Petrobras afirma que monitora diariamente as variações do mercado e a volatilidade da taxa de câmbio, com o intuito de evitar o repasse imediato para os preços internos, e que o reajuste acompanha a decisão de outros fornecedores de combustíveis no Brasil, que já promoveram ajustes nos seus preços de venda.

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