Os impactos da variação cambial em importações e exportações com a pandemia
5 de junho de 2020

A variação cambial é um dos pontos mais importantes para o comércio internacional. Ela dita qual tipo de comércio será feito e qual será o impacto dos produtos em cada região. Com a pandemia do coronavírus, o Brasil tem visto a cotação das moedas estrangeiras aumentar, e isso traz tanto impactos negativos quanto positivos para o país. 

Na mudança constantes das cotações do dólar e euro no cenário atual, importação e exportação passam a ter novas particularidades que refletem esse contexto, as quais falaremos a seguir.

Fixação da cotação

Nesse momento, contratos que foram firmados com a garantia de um valor específico de dólar, por exemplo, se firmados em 2019 antes da pandemia, trazem consequências específicas para cada parte. 

Enquanto a parte contratada, vendo-se obrigada a prestar o serviço ou fornecer o produto no valor antigo, é prejudicada, a parte contratante vê-se privilegiada pelas circunstâncias, tendo seus custos diminuídos e ganhando maior competitividade no mercado por possuir esta vantagem financeira.

Importação brasileira

As importações lidam com vários cenários. Primeiramente, pode haver a escassez de produtos que chegam com a moeda estrangeira em cotações antigas, ou seja, mais baratos para o consumidor final, mas geram dificuldade posterior de novas compras e giro por conta do aumento do preço final influenciado pela cotação atual mais alta. 

Já novos contratos terão como consequência a lotação de armazéns. Isso porque empresas não conseguem fazer o giro suficiente destas mercadorias importadas para o consumidor final.

Exportação brasileira

O cenário é, em sua maioria, positivo para os exportadores desde o início da pandemia, como já falamos em nosso blog. Em fevereiro, além da pandemia do coronavírus se alastrar pela China, a gripe aviária já afetava granjas da região, o que fez aumentar a demanda chinesa por carne bovina brasileira, além de outros produtos processados.

Com muitos mercados compradores do Brasil também afetados, é claro que exportações tendem a diminuir. Porém, os brasileiros que fecharam contratos sem a fixação do dólar hoje veem seus lucros subirem quando a moeda é convertida para o Real.

Por fim, com o Real desvalorizado, os produtos brasileiros se tornam ainda mais competitivos no mercado internacional, inclusive ainda mais visados por conta da necessidade de insumos alimentícios e outras matérias-primas ligadas à alimentação e saúde se mostrando altamente necessárias durante a crise de saúde mundial. 

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